FISIOLOGISMO POLÍTICO E AS ELEIÇÕES
Fisiologismo é um tipo de relação de poder em que os atos e decisões políticas são tomados em troca de benefícios, favorecimentos e outros interesses individuais ou partidários em detrimento da população. É um fenômeno que ocorre frequentemente e esta estreitamente associado à corrupção política.
O fisiologismo político, infelizmente, esta incrustado historicamente no sistema político de forma que chega a fazer parte de sua própria estrutura. Nesta situação, a corrupção, as trocas de favores e as negociatas obscuras não são exceções e sim regras.
Na maioria, votam-se projetos, em troca de apoio político para algo posterior.
Embora na superfície e aos olhos do povo operem as normas institucionais contempladas pela Constituição, bem como a democracia formal, sabe-se que nos corredores e nas salas praticam-se acordos baseados no fisiologismo, na cooptação e no clientelismo.
Em certas oportunidades, as ações dos movimentos sociais, imprensa e das organizações civis, são especialmente decisivas para impedir ou denunciar essa praticas, mas ainda são pequenas em face da dimensão do fisiologismo e de seus tentáculos.
Todavia, é imperioso deixarmos claro, que não são todos os políticos que adotam tal prática, ainda existem em nosso país homens sérios, sábios e com grande preocupação pública, servindo com presteza à sociedade que os elegeram.
Podemos afirmar que o povo tem grande parcela de culpa nesse ciclo. Enquanto tivermos a troca de votos por favores, benefícios futuros, cargos, ou até mesmo, através de um assistencialismo barato, esses maus políticos permanecerão com seus assentos garantidos na política nacional, usufruindo e usando a maquina pública em proveito próprio, esquecendo da grande massa, pois para alguns, estarão sempre em primeiro plano, interesses próprios e partidários do que coletivo.
A sociedade deveria ter pleno conhecimento da sua força de cobrança e das mudanças que é capaz de realizar.
Em nosso país, onde a grande maioria sabe a escalação da seleção brasileira, de seus times de futebol, do vencedor do Big Brother, das notícias de celebridades, de fofocas e etc., mas não lembram em quem votaram na ultima eleição, bem como seus direitos enquanto cidadãos , fica complicado qualquer atitude de repudio a esse tipo de prática.
O ideal seria que o povo se mobilizasse para tentar descobrir quais as reais intenções dos candidatos, qual o candidato que promete verdadeiros absurdos e ilusões – tendo em vista que certos atos e projetos tem a competência delimitada pela Constituição Federal -, que cobrasse e que fiscalizasse de forma mais enérgica a atuação dos políticos e cargos de confianças e seguindo o mesmo caminho, que tivesse a vontade de saber mais sobre os mecanismos que existem a sua disposição para que praticas obscuras e veladas desaparecessem do cenário político e que não ficassem inertes reclamando sem tomar atitude concreta.
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